Review: Magical Girl Lyrical NANOHA The MOVIE 2nd A’s

“Neste vasto universo, essa é uma história que se passa em um pequeno país de um pequeno planeta…”

Hoje trago a vocês uma análise do segundo filme da melhor franquia de animês do gênero mahou shoujo já inventada em toda a história da animação. Mahou Shoujo Lyrical Nanoha estreou nas televisões japonesas em 2004 tendo o total de 3 temporadas em série de TV, vários CD dramas, inúmeras histórias paralelas em mangá e agora conta com dois filmes lançados e o terceiro vem aí. Importante dizer que esta franquia também ajudou a alavancar muito a carreira de inúmeros seiyuus, como a atual rainha das anisongs Nana Mizuki. Sem mais delongas, acompanhem-me nesta viagem comentando sobre o remake da melhor temporada da série de TV.

Mahou Shoujo Lyrical NANOHA The MOVIE 2nd A’s 始まります …

1. HISTÓRIA

Filme que é o remake da segunda temporada da série de TV, Nanoha A’s, retrata o incidente relacionado ao Livro das Trevas. Hayate Yagami, uma garota cadeirante acaba tornando-se mestra deste livro poderoso ganhando controle sob quatro poderosos guerreiros autodenominados cavaleiros Velka. Em uma noite conturbada, Nanoha, a protagonista da franquia, acaba encontrando-se com um deles que, escondendo seus motivos, ataca a garota a fim de recolher seu linker core, fonte dos poderes de todo mago. Fate tenta salvá-la, mas acaba na mesma situação que sua amiga. O que será este livro das trevas? Quais segredos que os cavaleiros Velka guardam? Até que ponto Hayate estaria envolvida nisso? Nanoha e Fate conseguirão reverter a situação em favor do bem?

2. EFEITOS VISUAIS / FOTOGRAFIA

A animação não é boa, é excelente! Como a franquia sempre rende bastante dinheiro é claro que orçamento para os filmes são altíssimos podendo assim aproveitar os melhores recursos tecnológicos e gráficos em potencial. Em termos de animação, poderia bater de frente com qualquer Rebuild of Evangelion sem exageros, fora que os surtos quadros por segundo, cores, cenários, efeitos, ângulos de câmera, movimentação e expressão das personagens foram todos bem desenvolvidos aqui. As cenas de batalha são o ápice da animação, principalmente na luta final onde vemos inúmeros elementos bem trabalhados. Destaque, principalmente para as characters desings, círculos mágicos bem desenhados, e aquele quase 3D do final boss. Parabéns para esta maravilhosa equipe de animação que está junta desde 2004, são quase deuses! Para aqueles que gostam de comparações série de TV x filme, eis que a imagem abaixo é direcionada a vocês, e eu não vou comentar a respeito. Tirem suas próprias conclusões sobre o quesito animação:

Aliciaaaaaaaaaaa *-*

3. TRILHA SONORA / MIXAGEM DE SOM

A novata Misa Chujo criou uma soundtrack épica e digna de um bom filme de animação japonesa. Era como se ela tivesse um embasamento de todos os animês já lançados no Japão desde 1960 e criado uma soundtrack tamanha sua versatilidade pelos arranjos e musicalidade que foram pontuais em vários momentos da animação. Destaque para duas músicas do CD2 da trilha sonora:
Faixa 16 – A.C.S.
Faixa 17 – Dear My Sister Dear My Memory.

Deixando as músicas instrumentais de lado, neste filme tivemos o combo mais supremo de todos os tempos se tratando de insert songs, músicas da rainha Nana Mizuki, a mítica Kana Ueda e a suprema Yukari Tamura aparecendo no filme cada qual a seu estilo ajudando a animação a ficar ainda mais emocionante. Meu destaque, claro, é para a música Sacred Force -Extended Mix- da Nana-chan que contribuiu para que a luta contra o final boss superasse a série de TV em todos os sentidos. Válido lembrar que a Nana-chan canta o encerramento do filme, BRIGHT STREAM, e que música perfeita!

          

Importante dizer que a mixagem de som estava excelente, a inserção de todas as músicas e dos efeitos de som dos devices foram de fato impressionantes, não podendo esquecer também de citar a potência dos poderes mágicos e seus sons ensurdecedores, desde do mais apelão Starlight Breaker da Nanoha ao Chain Bind da Alph. Parabéns aos envolvidos, diria um amigo meu. 😉

 4. ENREDO ADAPTADO E SEU DESENVOLVIMENTO

[O TEXTO ABAIXO CONTÉM SPOILERS. SIGA POR CONTA PRÓPRIA.]

Vamos começar logo de cara com uma comparação, afinal, o filme é melhor que a série de TV? O plot da série de TV é um pouco superior ao filme, pois tem alguns pontos melhores trabalhados que acabaram sendo deixados de lado desta adaptação cinematográfica. Aqui não vimos sinal das irmãs Liese e o tio Graham, que foram personagens fundamentais na série de TV fazendo a trama ser maior e melhor desenvolvida gerando mais intrigas e dúvidas prendendo a atenção do espectador. Por se tratar de um remake de uma série de TV, o filme carrega o peso de ser mais dinâmico, enquanto que naquela animação de 2005 vemos os eventos de uma forma mais diluída e sem muita pressa, algo que não cabe aqui mesmo o filme tendo 2h30min. Vale lembrar que este arco A’s é a melhor animação da franquia, superar a série de TV era uma missão quase impossível, mas até que o filme me surpreendeu bastante. A rapidez visível nos primeiros minutos do filme e o descarte de algumas personagens fez com que obrigatoriamente a direção trabalhasse melhor as personagens remanescentes mudando o enredo satisfatoriamente. Reinforce, seu passado com os cavaleiros e seus sentimentos mais profundos foram contados com uma intensidade maior que foi deixada de lado na série de TV fazendo com que o desfecho dos eventos ficasse ainda mais emocionante. O pai de Chrono, citado de forma sutil na série de TV, ganhou um destaque e importância ainda maior fazendo também com que sua esposa, a Almirante Lindy, aparecesse mais aqui de forma que nos identificássemos com seu sofrimento. Os conceitos de Unison Raid, linker core e até mesmo o NachtWald, programa de defesa do Livro das Trevas, foram melhores explicados aqui.

Tudo no filme é mais intenso, dramático e chamativo, pois a cada cena que assistia sentia que o filme complementou aquilo que faltou em 2005 na TV. As primeiras cenas, por exemplo, apesar de não vermos a Fate salvar a Nanoha enquanto ela lutava com a Vita, vemos seu desespero ao ver a amiga ferida rendendo lágrimas por parte da personagem demonstrando ainda mais seus fortes sentimentos. Foi lindo demais! Aliás, cenas NanoFate foram algo que não faltaram no filme, uma viadagem que só. Aquele abraço caloroso e longo das duas em um reencontro emocionante, inúmeras declarações indiretas dizendo “estarei sempre com você” demonstradas através de um simples gesto de andar de mãos dadas e suas expressões carinhosas devem ter feito os shippers do mundo todo surtarem de alegria. Mas teve agrado também para os shippers NanoVita e FateNum nas cenas finais, que me fizeram arrancar inúmeros risos quando aparecia a Nanoha bulinando a Vita, sensacional! Só que NanoFate é mais amor, vamos combinar ❤

“Ha, você tem que melhorar muito para me superar, Testarossa”

Vita-chaaaaaaaaaaan! HAHHAHAHAHAHAHHA LOL

Vita dizendo: SAIDAKI, MININA!

Amor não faltou aqui neste filme, sentimento abordado de diversas maneiras, e que conseguiu alcançar os espectadores. Diálogos de Nanoha e Reinforce em meio a uma batalha de vida ou morte, as falas poéticas do “vento abençoado” à sua mestra, um filho que jamais culparia a mãe pela morte de seu pai porque sente orgulho de ambos, o choro de uma pequena garota que tem um grande coração disposto a esquecer suas dores para fazer quem ama feliz, uma guerreira que joga fora seu orgulho e quebra uma promessa a fim de proteger alguém que lhe deu carinho e memórias na chuva de duas irmãs reforçando seus laços fraternais mesmo que tudo não passasse de um sonho efêmero. Em Nanoha The MOVIE 2nd A’s, tivemos inúmeras cenas dramáticas bem construídas, mas sem dúvidas a melhor de todas foi a última que citei, era impossível não se comover com Alicia e Fate. A adição de uma simples frase fez toda a diferença na cena, que foi emocionante, the best scene ever. ❤ #choreidemais

Eu te amo, onee-chan.

Eu também, Fate.

OH MY FUCKING GOD! AS MELHORES IRMÃS DESSA JOÇA TODA.

Outra coisa que chama atenção na franquia de Nanoha é que crianças de 9 anos conseguem ser maduras dando inúmeras lições de moral. Como é um animê que pode ter em sua grande parte um público infantil, é importante que as crianças que assistam a animação se identifiquem com as personagens que ensinaram neste filme que não é possível apagar a realidade, porque temos que enfrentar os fatos tristes que acontecem ao nosso redor, pois há pessoas que lutam por nós e não podemos esquecer delas. Muitas vezes, nossos pequenos desejos não são realizados e podemos perder alguém próximo de nós, porque a eternidade não existe, não é Nanoha? Mesmo sabendo de tudo isso, a garota mágica mantém a esperança acreditando que vai acabar com todas as tristezas e pesadelos.

(Nanoha) – Eternidade não existe!
(Yatou No Madoushou) – Você deveria dormir!
(Nanoha) – Eu vou, cedo ou tarde, mas não agora. Antes, eu vou acabar com todas as tristezas e pesadelos.

A construção de todos esses fatos até o desfecho foram todos muito bem trabalhados, são duas horas e trinta minutos intensos, mas que não desgastam o espectador, pelo contrário, da metade ao seu fim é onde as coisas ficam ainda mais emocionantes podendo dizer que este filme foi uma releitura perfeita da série de TV retratando os principais fatos e estreitando a relação de todas as personagens, principalmente do trio Nanoha, Fate e Hayate. Aqui ficou bem claro que o sentimento que a Hayate tem pelas duas não é só porque elas foram suas salvadoras, mas também porque quando ela precisou de um ombro para chorar lá estavam elas protegendo aquele nobre coração que suportaria tudo sozinho a fim de proteger seus preciosos cavaleiros, seus precisos filhos. O que senti falta no filme foi uma mísera cena de transformação dos cavaleiros Velka e também o Yatou no Madoushou disparando um Starlight Breaker na Nanoha. Tudo bem que o golpe usado contra ela fez a Fate aparecer de forma épica salvando sua amada amiga, mas era tão supremo o Starlight Breaker sendo usado contra sua própria usuária, mas enfim, nada disso vai diminuir os méritos deste remake.

Aulas de como chegar em grande estilo? Fale com Fate Testarossa PQP

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de um plot inferior a série de TV, Magical Girl Lyrical NANOHA The MOVIE 2nd A’s consegue ser um remake empolgante da melhor temporada da franquia, pois estreitou o relacionamento das personagens remanescentes trabalhando-as todas de forma satisfatória e melhor. Todos os seus eventos foram mais intensos, dramáticos e chamativos proporcionando momentos épicos a animação fazendo-a mais dinâmica e brilhante, lembrando que os efeitos visuais e a trilha sonora só ajudaram a melhorar tudo isso que foi citado anteriormente. Nanoha é o melhor mahou shoujo de todos os tempos e este filme veio para ratificar isto, sem mais.

6. BÔNUS: DE NANOHATARD PARA NANOHATARD

Sessão desabafo no meio de uma review importante, vê se pode? Mas permitam-me ser um pouco egoísta nas próximas linhas. Pensem em alguém que estava esperando por este filme desde 2009, que foi quando anunciaram remakes da primeira e segunda temporadas de Nanoha para os cinemas: eu! A fase A’s é a minha favorita, assim como de muitos fãs, e ver que fizeram um bom trabalho no filme fez toda essa espera e loucura para ver o filme valer a pena. Loucura? Sim. Dormi aproximadamente 3h de quinta-feira (21 de março) para sexta (22 de março) só para assistir este filme tendo que ir à faculdade e posteriormente trabalhar, mas a felicidade foi tanta que nem me importei de ficar com sono o dia inteiro, só que essas coisas eu só faço por Nanoha porque é Nanoha, e Nanoha é muito amor e um dos meus animês preferidos.

Só de ter visto novamente a Hayate super fofa falando em um dialeto fortíssimo de Kansai, ter visto Nanoha THE WHITE DEVIL em ação e a bela interpretação da Nana Mizuki emprestando sua voz para Alicia e Fate fez toda essa loucura valer a pena. Mal posso esperar meu bluray chegar e assistir o filme mais um mol de vezes, apesar de ter sido outra loucura comprar o bluray agora nas minhas condições financeiras, mas é Nanoha e sinto que este momento fangirl nunca vai acabar (LOL).

リリカル マギカル

Take off

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